Quando começam um plano de emagrecimento, a maioria das pessoas com excesso de peso tem um único desejo: que a perda de peso repentina e rápida aconteça. No entanto, o que não sabem é que este pode ser sinal de doenças.
Por exemplo, algumas situações como a perda de um ente-querido ou o desemprego involuntário podem ser alguns fatores que levam a um quadro de stress agudo, potenciando a perda de peso.
Contudo, quando nenhum desses fatores se verifica e a perda de peso continua a acontecer, é sinal de que pode haver alguma doença que esteja a levar a uma diminuição involuntária do peso corporal.
De modo a que possa estar alerta sobre este tema, convidamo-la a ler o nosso artigo.
O que é a perda de peso repentina?
A perda de peso repentina e não intencional é, como o próprio nome indica, a diminuição involuntária do peso corporal.
Como tal, é preciso entender o porquê de acontecer essa perda de peso rápida e sem intenção, uma vez que, em muitos casos, pode indicar outros problemas de saúde.
A perda de peso é, como é óbvio, o principal sintoma. No entanto, existem outros sintomas que se desenvolvem posteriormente, aos quais deve prestar atenção.
Quais os sintomas da perda de peso repentina?
- Cansaço;
- Perda de apetite;
- Sede excessiva;
- Aumento da frequência urinária;
- Alterações no ritmo do funcionamento do intestino;
- Aumento na frequência de doenças ou infeções, como por exemplo, das gripes.
Uma vez que é uma situação involuntária, é natural que não saiba o que está a causar a perda de peso. No entanto, existem algumas possíveis causas para a perda de peso involuntária, que podem indicar alguns problemas de saúde.
Quais as causas da perda de peso repentina?
- Distúrbios gastrointestinais (como por exemplo, a doença de Crohn ou doença celíaca);
- Alterações neurológicas (doença de Parkinson, demência, AVC, entre outros);
- Doenças pulmonares (bronquite crónica ou enfisema pulmonar, por exemplo);
- Infeções como a tuberculose ou o HIV;
- Doenças endócrinas, tais como hipertireoidismo ou diabetes não controlada;
- Insuficiência cardíaca avançada ou outras doenças cardíacas;
- Transtornos psicológicos ou psiquiátricos (como por exemplo, depressão ou ansiedade);
- Alguns tipos de cancro, como a leucemia ou o linfoma.
Além disso, a perda de peso não intencional pode dever-se a alguns medicamentos, sobretudo antiepiléticos, antidepressivos, ansiolíticos, diuréticos ou laxantes.
Além da atividade física e de uma alimentação saudável, a perda de peso está associada à atividade cerebral. Esta é a conclusão a que alguns investigadores do Canadá chegaram, conforme se pode ler no estudo publicado na Cell Metabolism.
Qual a relação entre o sistema nervoso e a perda de peso?
De acordo com as observações feitas, e com a ajuda da ressonância magnética, os investigadores notaram que a perda de peso dos pacientes estava relacionada com um maior desempenho da região cerebral ligada ao autocontrolo e à diminuição da atuação da área neural ligada ao desejo, que pode levar à perda de peso.
Além disso, o estudo mostra ainda que apesar do stress interromper o processo natural do córtex pré-frontal lateral (região ligada ao autocontrolo), é possível treinar as pessoas a mudar essa reação.
Para tal, é necessário combinar os fármacos com a terapia comportamental.
Qual a relação entre a ansiedade e a perda de peso?
Uma vez que a ansiedade é um distúrbio psicológico, esta afeta diferentes esferas da vida de uma pessoa, os seus prejuízos são muito amplos, podendo atingir, por exemplo, a vida profissional ou a vida afetiva. Assim sendo, este mal psicológico traz também prejuízos físicos, mais concretamente alterações de peso.
A ansiedade é uma situação extremamente stressante e desgastante, como tal, ela influencia o sistema endócrino, devido à alta produção de cortisol, hormona ligada ao stress. Como resultado, há alterações no apetite de cada pessoa.
Regra geral, é comum as pessoas que sofrem com a ansiedade terem tendência a engordar. No entanto, existem casos em que se verifica o inverso, isto é, a perda de peso inexplicável.
Independentemente de a perda de peso ser ou não intencional, é inevitável deixar de olhar para as consequências que pode trazer para o organismo.
Quais as consequências de perder peso de forma repentina?
- Flacidez (provocada pela falta de nutrientes);
- Queda de cabelo e enfraquecimento das unhas;
- Carência de sais minerais e vitaminas, podendo levar, por exemplo, a problemas de visão ou à anemia;
- Tonturas e fraqueza;
- Problemas no fígado;
- Queda na libido;
- Baixa imunidade.
Ter o peso ideal, isto é, saudável, é importante para, por exemplo, evitar o aparecimento do cancro, tal como este estudo das Universidades de Oxford e Exeter sugere. Por isso, tratar da perda repentina de peso é essencial para que possa evitar esta e outras complicações provocadas por este problema.
Como tratar a perda de peso repentina?
Em primeiro lugar, é preciso saber a causa da perda de peso, pois só assim conseguirá tratar do problema com eficácia. Assim sendo, o primeiro passo é consultar um clínico geral, para que lhe prescreva exames complementares de diagnóstico que possam ajudar a detetar uma eventual patologia.
De um modo geral, o tratamento da perda de peso repentina passa por juntar profissionais de outras áreas, tais como endocrinologistas, psicólogos, psiquiatras e nutricionistas. Juntos, irão atuar de modo a conseguir combater os fatores que a levam à perda de peso involuntária, através de, entre outros, uma alimentação saudável e a prática de exercício físico.
Para que haja lugar a um tratamento bem-sucedido, é importante que siga todas as recomendações dadas pela equipa multidisciplinar.
Precisa de ajuda para tratar a perda de peso repentina?
Sem dúvida que a perda de peso repentina, tal como dissemos, tem de ser tratada com a ajuda dos profissionais certos. Gostaria de ter ajuda para definir o plano alimentar ideal para si?
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