A obesidade acelera o envelhecimento do fígado. O estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences” refere que este achado poderá explicar por que motivo os indivíduos obesos sofrem precocemente de doenças associadas à idade, como a diabetes e o cancro do fígado.
Apesar de há já algum tempo se suspeitar que a obesidade acelera o envelhecimento, tem sido impossível provar esta teoria. Agora, neste estudo, os investigadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, utilizaram o chamado “relógio de envelhecimento” que é capaz de identificar a idade biológica de qualquer célula, tecido ou órgão humano através da monitorização do processo de metilação do ADN.
Através desta ferramenta, os investigadores constataram que o fígado dos indivíduos obesos tendia a ter uma idade biológica maior do que a esperada. De forma a chegar a estas conclusões, os investigadores analisaram quase 1.200 amostras de tecido humano, incluindo 140 amostras de fígado. Foi também registado o peso, a altura e calculado o índice de massa corporal dos indivíduos aos quais foram retiradas as amostras.
O estudo apurou que a idade biológica do fígado aumentou 3,3 anos por cada 10 unidades adicionais de IMC. Os investigadores explicaram que, por exemplo, uma mulher que meça 1,65 metros e pese 63,5 Kg tem um IMC de cerca de 23,3 Kg/m2. Uma mulher com mesma altura, mas que pese 90Kg tem um IMC de 33,3 Kg/m2, o que significa que o seu fígado tem mais três anos do que o da outra mulher.
“Isto não parece ser muito, mas de facto é um grande efeito. Para algumas pessoas, a aceleração da idade devido à obesidade pode ser ainda mais severa, chegando mesmo aos 10 anos de diferença”, revelou, em comunicado de imprensa, o primeiro autor do estudo, Steve Horvath.
Referência: Alert Life Sciences Computing
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