Investigadores do Reino Unido contestam a ideia de que as pessoas mais idosas são mais felizes do que as mais jovens. O estudo publicado na revista “Psychology and Aging” sugere que as pessoas ficam mais deprimidas a partir dos 65 anos.
Para o estudo os investigadores da Universidade de Bradford, no Reino Unido, tiverem por base um projeto observacional de 15 anos que envolveu mais de 2.000 idosos.
Estudos anteriores já tinham demonstrado que havia um aumento dos sintomas depressivos ao longo da idade, mas só apenas até aos 85 anos. Este estudo, liderado por Helena Chui, é o primeiro a analisar este tema para além desta idade.
O estudo apurou que tanto os homens como as mulheres diziam ter mais sintomas depressivos à medida que a idade avançava, com as mulheres a começaram inicialmente com mais sintomas depressivos do que os homens. Contudo, os homens apresentaram uma taxa mais rápida do aumento destes sintomas. Desta forma os géneros foram revertidos por volta dos 80 anos de idade.
Os investigadores constataram que os fatores que estavam envolvidos no aumento dos sintomas depressivos eram problemas físicos, início de condições médicas, particularmente doenças crónicas, e aproximação da morte. Metade dos participantes sofria de artrite e aqueles com condições crónicas diziam ter mais sintomas depressivos do que aqueles sem este tipo de condições.
“Estes resultados são muito significativos e têm implicações na forma como lidamos com a terceira idade. Este é também o primeiro estudo que nos informa que os sintomas depressivos continuam a aumentar ao longo da idade. Estamos num período de sucesso sem precedentes, as pessoas vivem mais tempo do que nunca e em maior número, deveríamos estar a celebrar, mas parece que é difícil de lidar com a idade”, revelou, em comunicado de imprensa, Helena Chui.
“Parece que precisamos de olhar cuidadosamente para a prestação de serviços adequados para atender a estas necessidades, particularmente na área de apoio à saúde mental e tratamento da dor. As políticas sociais e as estruturas de apoio ao envelhecimento, tais como a prestação de transportes públicos e acesso aos serviços de cuidados de saúde são necessários para atingir os adultos mais idosos como um todo”, conclui, a investigadora.
Referência:
– Revista “Psychology and Aging”
– Miminhoaosavos.pt
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