Segundo o National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, dos Estados Unidos da América, a Diabetes Tipo 2 é o tipo mais comum da doença e ocorre quando os níveis de glicose no sangue apresentam valores mais elevados do que o normal.
A glicose sanguínea é a maior fonte de energia do organismo e é adquirida, maioritariamente, através dos alimentos que ingerimos. A insulina é, por outro lado, a hormona produzida pelo pâncreas responsável por transportar a glicose até às células.
Num corpo com diabetes tipo 2, não é produzida a quantidade de insulina suficiente ou simplesmente o organismo não consegue utilizá-la corretamente.
Nestes casos, há glicose em excesso na corrente sanguínea e esta não chega em quantidade necessária às células.
A boa notícia é que é possível prevenir esta doença, assim como é possível viver com ela, se for mantido um estilo de vida saudável.
É ainda importante perceber que qualquer pessoa, de qualquer idade, pode desenvolver diabetes tipo 2, incluindo crianças. No entanto, esta doença é mais predominante em pessoas já adultas e até em idosos, sendo que o histórico familiar e problemas como a obesidade têm um forte impacto no surgimento da doença.
Diabetes Tipo 2: sintomas comuns
Na diabetes tipo 2, o seu corpo não é capaz de usar a insulina de forma eficaz para trazer glicose para as células, o que faz com que seu corpo dependa de fontes alternativas de energia, e esta é uma reação em cadeia que pode causar vários sintomas.
O diabetes tipo 2 pode desenvolver-se lentamente, ao longo de vários anos e os seus sintomas podem ser leves e fáceis de ignorar no início da doença. Por isso, é fundamental a realização de exames de rotina anuais, para que os casos assintomáticos não passem despercebidos.
Os primeiros sintomas da diabete tipo 2 podem incluir:
- Fome constante
- Falta de energia
- Fadiga
- Perda de peso
- Sede excessiva
- Micção frequente
- Boca seca
- Comichão na pele
- Visão embaçada
Conforme a doença progride, os sintomas tornam-se mais graves e potencialmente perigosos.
Se os seus níveis de glicose no sangue estiverem altos há muito tempo, os sintomas podem evoluir e incluir:
- Infeções urinárias
- Cortes ou feridas de cicatrização lenta
- Manchas escuras na pele (uma condição conhecida como Acantose Nigricans)
- Dor no pé
- Sensação de dormência nas extremidades ou neuropatia
Se tiver dois ou mais desses sintomas, consulte o seu médico. Sem tratamento, o diabetes tipo 2 pode ser fatal.
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Diabetes Tipo 2: sintomas de emergência
O açúcar elevado no sangue causa danos no organismo a longo prazo. No entanto, o baixo nível de glicose, denominado hipoglicemia, pode ser uma emergência médica.
A hipoglicemia ocorre quando há níveis perigosamente baixos de açúcar no sangue. Para pessoas com diabetes tipo 2, apenas aqueles que estão a tomar medicamentos que aumentam os níveis de insulina do corpo estão em risco de baixo nível de açúcar no sangue.
Os sintomas de hipoglicemia incluem:
- Tremores
- Tonturas
- Fome
- Dor de cabeça
- Suores
- Dificuldade em pensar
- Irritabilidade ou mau humor
- Batimento cardíaco acelerado
Se está a tomar medicamentos que aumentam a quantidade de insulina no seu corpo, certifique-se de que sabe como tratar a hipoglicemia.
Diabetes Tipo 2: causas
A insulina é uma hormona produzida naturalmente pelo nosso pâncreas que é libertada sempre que comemos e que ajuda a transportar glicose da corrente sanguínea para as células de todo o corpo para que seja usada como energia.
Se sofre de Diabetes tipo 2, o seu corpo torna-se resistente à insulina, forçando o pâncreas a trabalhar mais para produzir esta hormona. Com o tempo, isso pode danificar as células do pâncreas e, eventualmente, ele pode mesmo parar de produzir insulina.
Se não produz insulina suficiente ou se seu corpo não a usa de forma eficiente, a glicose tende a acumular-se na sua corrente sanguínea, deixando as células do seu corpo sedentas de energia.
São várias as causas que estão na base do desenvolvimento da diabetes tipo 2, como uma predisposição genética. No entanto, um estilo de vida pouco saudável é um dos principais fatores de risco. Falamos, por isso mesmo, de problemas como:
- A obesidade e o excesso de peso
- A falta de exercício físico regular (vida sedentária)
- Resistência do organismo à insulina
- A genética de cada indivíduo – onde o historial familiar pesa na equação
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Diabetes Tipo 2: consequências
As consequências de uma doença como a diabetes tipo 2 podem ser graves se a doença não for controlada e se alguns hábitos diários não forem reajustados à nova condição.
Por isso mesmo, um plano de saúde pode proteger o paciente de muitos outros problemas graves como doenças cardíacas e enfartos, doenças oculares e de visão, problemas nas extremidades superiores e inferiores do corpo, danos nos nervos, problemas renais, complicações nas gengivas e nos dentes e até problemas de bexiga.
Além disso, o National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases alerta para a predominância de doenças relacionadas com o fígado e ainda apneia do sono, depressão, alguns casos de cancro e até demência.
Viver com Diabetes Tipo 2
Neste momento existem diversas opções de tratamento e manutenção da doença em níveis que não representam riscos elevados para a saúde. Por isso mesmo, é recomendado o controlo dos níveis de glicose no sangue com regularidade, assim como os níveis de colesterol e a pressão arterial.
É também aconselhado aos pacientes que deixem de fumar e sigam algumas mudanças de hábitos alimentares, como a limitação das calorias ingeridas, a adoção de um estilo de vida mais ativo e o planeamento de refeições mais saudáveis e equilibradas. Tudo isto em conjugação com a medicação química, que pode passar por medicação oral ou injetável.
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Como controlar a Diabetes Tipo 2
Apesar de crónica, a diabetes tipo 2 pode ser controlada com eficácia. Peça ao seu médico que lhe indique com que frequência deve verificar os seus níveis de glicose no sangue e qual o intervalo específico e saudável a manter.
Certifique-se que segue estas dicas:
- Inclua alimentos ricos em fibras e hidratos saudáveis na sua dieta. Coma frutas, vegetais e cereais integrais . Estes alimentos vão ajudar a manter os níveis de glicose no sangue estáveis.
- Coma em intervalos regulares.
- Alimente-se apenas até ficar satisfeito.
- Controle o seu peso e evite consumir hidratos de carbono simples e refinados, doces e gorduras saturadas.
- Faça cerca de meia hora de atividade cardiovascular diariamente para ajudar a manter o coração saudável. Os exercícios também ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue.
O seu médico vai saber indicar-lhe quais são os alimentos saudáveis e não saudáveis e também o pode ajudar a reconhecer sintomas de açúcar muito elevado ou muito baixo no sangue e dizer-lhe o que fazer em cada uma dessas situações.
Como prevenir a Diabetes Tipo 2
Uma das formas mais responsáveis de lidar com a diabetes tipo 2 é começar desde já a preveni-la, alterando o seu estilo de vida.
O programa de Prevenção da Diabetes dos Estados Unidos da América aconselha hábitos mais saudáveis para prevenir o desenvolvimento desta doença.
Perder peso, no caso das pessoas com excesso de peso e obesidade, é uma das medidas aconselhadas. Adotar uma vida mais ativa e com um mínimo de 30 minutos de atividade física diária, como caminhada, é outro dos conselhos. Uma dieta saudável e equilibrada, com uma diminuição generalizada do consumo de gorduras e da quantidade de calorias é também outra recomendação.
Diabetes Tipo 2: Tratamentos
Além da terapia química, a monitorização dos níveis de açúcar no sangue, a dieta para perda de peso e exercício físico também são partes importantes do tratamento.
Embora algumas pessoas consigam controlar o diabetes tipo 2 apenas com dieta e exercício, é importante que consulte o seu médico para perceber qual é o melhor tratamento para si.
Monitorização do açúcar no sangue
A única maneira de ter certeza de que seus níveis de açúcar no sangue permanecem dentro dos intervalos ideais é fazendo a medicação de forma regular. Pode ser necessário verificar e registar os seus níveis de açúcar no sangue várias vezes por dia ou apenas de vez em quando. Vai depender do seu plano de tratamento.
Dieta saudável
Ainda que a perda de peso seja recomendável, não existe uma dieta específica para pessoas com diabetes tipo 2. No entanto, como referimos anteriormente, é importante que a sua dieta se concentre em frutas, vegetais e cereais integrais. São alimentos com baixo teor de gordura e alto teor de fibras e ajudam a manter os níveis de glicose estáveis.
Deve também reduzir doces, alimentos refinados e produtos de origem animal. Alimentos com baixo índice glicémico – e que mantêm o açúcar no sangue mais estável – também são indicados para pessoas com diabetes tipo 2.
O seu médico ou nutricionista podem ajudá-lo a criar um plano alimentar que vá ao encontro dos seus gostos e necessidades e podem também ensiná-lo a fazer a gestão da sua dieta de forma a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis.
Atividade física
O exercício regular é importante para quem tem diabetes tipo 2 e por isso é importante que os inclua na sua rotina diária.
Torna-se mais fácil se escolher atividades de que goste, como andar de bicicleta, caminhar ou nadar. O mais importante é abandonar o sedentarismo e manter-se ativo de forma consistente. Alternar entre diferentes tipos de exercícios pode ser ainda mais eficaz do que se limitar a apenas um.
É importante que se lembre sempre de verificar os seus níveis de açúcar no sangue antes de iniciar a atividade física, pois o exercício pode diminuir os níveis de glicose. Para evitar a quebra de açúcar no sangue também pode comer algo antes.
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