Um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, alerta que os níveis elevados de açúcar não têm efeito direto nos espermatozoides, mas poderão comprometer a produção de esperma, contribuindo assim para a infertilidade masculina.
Publicado na revista “Reproduction” o estudo, que foi desenvolvido ao longo de vários anos, revela que «o nível elevado de açúcar (a hiperglicemia) desempenha um papel importante, mas não decisivo, na disfunção do espermatozoide maduro. Neste sentido, temos conduzido mais investigação, que sugere que a hiperglicemia influencia mais o processo da formação dos espermatozoides, do que os espermatozoides em si» referiu Sandra Amaral, líder do estudo.
A investigação foi desenvolvida em sistema in vitro e revelou-se inovadora por avaliar vários parâmetros de funcionalidade espermática que não são usualmente avaliados, mas que fornecem informação bastante detalhada sobre esta célula tão particular.
«Este trabalho constitui um passo importante no esclarecimento dos mecanismos de ação da diabetes no sistema reprodutor masculino, permitindo delinear novas abordagens para estudos futuros.» acrescentou, Sandra Amaral.
De acordo com o Observatório Nacional da Diabetes (OND), a diabetes atinge mais de 382 milhões de pessoas em todo o mundo, o que corresponde a 8,3% da população mundial e continua a crescer em todos os países.
Portugal encontra-se entre os países europeus com maior prevalência da Diabetes. Segundo um estudo da OND, a doença afeta cerca de 12,9% da população com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, o que corresponde a cerca de um milhão de pessoas.
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