Receber um abraço de alguém em quem se confia é reconfortante. Mas além da sensação de bem-estar que propiciam, os abraços poderão oferecer proteção contra vírus comuns, atesta um novo estudo publicado na revista “Psychological Science”.
O estudo, conduzido pela Escola de Humanidades e de Ciências Sociais Dietrich da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, concluiu que receber abraços frequentemente, juntamente com suporte emocional, poderá diminuir o stress associado à suscetibilidade a infeções, prevenindo ou reduzindo o risco de doenças.
A equipa de investigadores, liderada por Sheldon Cohen, daquela universidade, recrutou 440 voluntários que preencheram um questionário com o intuito de determinar o suporte social percecionado pelos participantes. Os voluntários participaram igualmente em 14 entrevistas telefónicas consecutivas com os investigadores que abordavam os conflitos com outrem e os abraços que recebiam.
Os voluntários foram depois deliberadamente expostos ao vírus da gripe e posteriormente postos em quarentena. Seguidamente, os investigadores analisaram os sinais de infeção e doença dos participantes.
Os participantes que diziam possuir um maior suporte social quando em situações de conflito com outrem apresentaram uma propensão menor de serem infetados com o vírus da gripe, sendo os abraços responsáveis por cerca de um terço deste efeito benéfico.
Adicionalmente, entre os voluntários que foram infetados com o vírus da gripe, aqueles que tinham dito receber mais apoio social e mais abraços revelaram sintomas menos graves do que aqueles que diziam ter menos apoio e menos abraços.
Segundo o autor principal do estudo, estes resultados demonstram que o facto de se receber um abraço de alguém em quem confiamos dá-nos uma sensação de suporte social. Mais, receber abraços como mais frequência pode fazer reduzir os efeitos nocivos do stress.
Sheldon Cohen esclareceu que estudos anteriores demonstraram que as pessoas que têm muitos conflitos possuem organismos menos propensos a lutar contra os vírus da gripe e que quem recebe apoio social parece estar protegido contra a depressão e ansiedade advindos do stress.
“O aparente efeito protetor dos abraços poderá ser atribuído ao próprio contacto físico ou ao facto de o abraço ser um indicador comportamental de apoio e de intimidade. De uma forma ou doutra, quem recebe mais abraços está mais bem protegido contra as infeções”, conclui o autor principal do estudo.
Referência: Alert Life Sciences Computing
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